junho 22, 2007

Abortar uma ideia.



Correia de Campos já tem o arranjo feito. Apresentada já em conferência de imprensa a portaria que regulamentará a lei da IGV, ficamos a saber uma série de novos apoios à morte por encomenda.

Entra em vigor a 15 de Julho a nova lei que abrirá caminho a uma sangria gratuita e encorajada, como nunca pensámos que pudesse vir a ser.

Pois, segundo o ministro, "as mulheres que recorram ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) para fazer uma Interrupção Voluntária da Gravidez (IGV) não vão pagar taxas moderadoras ao abrigo do regime de isenções previsto para as grávidas".

Portanto, a ver se entendi, uma mulher cancerosa que pouco mais quer que sobreviver por mais uns anos...paga taxa moderadora... Uma outra, saudável, mas que se quer livrar do "incómodo" que criou conscientemente...fica isenta...!

Mas que nojo de país é este?!? Mas que raio de radicalismo pró-aborto vai na cabeça deste mentecapto liberticida?!?

E, para cúmulo, esta isenção surge ao abrigo do regime de isenções previsto para as grávidas...! Mas, em que medida é que uma mulher que rejeita a sua gravidez deve requerer os benefícios da mulher grávida que está a dar um contributo ao mundo?

Como se não bastasse, a mulher empregada que interrompa a sua gravidez até às dez semanas passa a ter direito a uma licença de "maternidade" (vejam bem as expressões)com a duração mínima de 14 dias e máxima de 30 conforme prescrição médica, sendo que o montante do subsídio será de 100 por cento da remuneração de referência.


Aí está... a absoluta aberração. Uma lei, ela sim, a ser abortada quanto antes...e com pagamento de taxa moderadora (ou seja, rua com o ministro)!