janeiro 30, 2007

Parecem cordeiros...



Hoje, primeiro dia de campanha, podemos já ver, no Porto, o "SIM" a distribuir panfletos e a dar entrevistas.

São mentirosos! Profundamente mentirosos!

Repetem insistentemente às pessoas que o que está em causa não é a sua posição sobre o aborto, mas simplesmente a despenalização das mulheres.

Como é possível que esta gente tenha a lata de dizer algo assim, quando sabe, sabe perfeitamente, que um "SIM" a esta pergunta implica muito mais que uma simples "despenalização". Implica o total arbítrio sobre o feto até às 10 semanas!! Isto sim! E esta gente anda a escondê-lo da população acenando-lhe com prisões fictícias!

Num momento em que ainda se vê tanta, tanta gente, a pensar que este referendo é para tirar mulheres da prisão, ou para permitir que uma mulher aborte se for violada ou se o feto for deficiente...

O "SIM" É DESONESTO! ESTÃO A FABRICAR VOTOS!

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Penso que a maior hiprocrisia do vosso blog passa pelo facto de se esquecerem q enquanto nao liberalizarem:

- NUNCA mais as politicas sociais sao postas em pratica porque vai-se continuar a fechar os olhos a algo que acontece ás "escondidas";

- NUNCA MAIS sabem quem pretende abortar logo nao vao conseguir chegar a essas pessoas para evitar que isso suceda;

Se acreditam tanto que a politica social e a religiao é a solução para este problema LIBERALIZEM e ponham maos à obra. Nao é penalizando e atirando este problema para a marginalização e para o lado obscuro da sociedade que ele vai deixar de existir.

Badajoz está aqui ao lado. O aborto vai continuar a existir enquanto nao houver politicas internas.

A igreja cada vez desilude mais. Tanta riqueza e tao pouca ajuda. Falam muito mas nao os vejo nas ruas, no meio das pessoas q realmente precisam.é realmente confortavel o trono de S PEDRO.

Outro questão gira que toca o limear da hipocrisia é chamarem vida a um feto. Optimo... é verdade!! e a mae, não é uma vida? Alguem se le,mbrou de defender a mae? O feto é uma vida potencial, a mae é uma vida concreta...

falando em vida potencial ou vida: um ovulo é vida. Um espermatozoide é vida... que diferença têm estas duas celulas de um feto com 7 dias que ainda nem sistema nervoso tem? Onde está o limiar da vida e da potencial vida nao vos sei dizer mas nao ha-de ser pelo conceito de vida que la chegamos...

Se formos pela vida os catolicos sao TODOS uns criminosos. Comemos ovos, comemos carne, comemos peixe... abiam que tudo isso é substituivel por cereais? sabiam que a comida vegetariana e macrobiotica é tao rica ou mais que a mediterranica? tendo a mais valia de nao ter as toxinas que advem de comermos cadavares, mas o que interessa isso, não é senhores?! sao animais, nao sao pessoas...

O mesmo amor com que Deus criou o homem foi aquele com que criou as plantas e os outros animais. quem somos nos para falarmos de matar quando matamos animais para comer e pessoas para enriquecer??? Nao vos vi tao activos a quando da tentativa de empedimento da ida de militares para o Iraque. O que são aquelas vidas para voces? porque se levantam tantas vozes no caso do aborto e no caso da guerra se cruzam braços?

Deixa-me de veras maravilhada ver quao entendidos sois no tema do aborto e das razoes que levam uma mulher a abortar. Como sabem voces disso? Têm casos de aborto na familia ou andam a ler muito? se colocarem um pouco no meio desta realidade apercebem-se que não é por leviandade que o aborto se faz. Ninguem faz com leviandade algo que causa tanta dor. conheço quem o tenha feito, mais do que um caso e não é bonito nem repetivel, mas quem fez nao se arrepende, apenas se entristesse por o ter feito.

Falando em dor, se a dor é assim tao grande, se o trauma é assim tao grande, como podem temer que o aborto se torne um metodo contraceptivo? acham mesmo que alguem se sujeitaria a um segundo aborto depois do que se sofre? tenham paciencia...

esclarecimento:
- Sou cristã, não sou catolica
- EM PRINCIPIO nunca faria um aborto mas exijo que se dê essa liberdade de decisão pois é a unica maneira de realmente haver liberdade de expressao e de despoltar na opiniao publica o dever de evitar esta situação.

terça-feira, 30 janeiro, 2007  
Blogger A minha verdade said...

Vou começar pelo fim… Diz-se cristã mas não católica… Deixe-me dizer-lhe que o facto de “apenas” ser cristã, dá-lhe a mesmíssima obrigação de respeito para com a Vida. Ao assumir-se como cristã, está automaticamente a subscrever uma série de princípios mínimos, e pode ter a certeza que “não matar” é primordial… Ou vai seleccionando o que lhe convém do Cristianismo?!

Em segundo lugar, “liberdade de expressão” Carla?!?!?! Expressão do quê? Do medo? Da irresponsabilidade? Da cobardia? Da opressão? Do egoísmo? O aborto é sintoma de muitas coisas e nenhuma delas é boa! Como é que se pode identificar o aborto como algo mau, e depois exigir que esse mal seja consagrado na Lei?!?

Mas indo ao início:

As “políticas sociais” não precisam de se basear em pedidos de aborto para actuar. Nessa altura as mulheres querem é “despachar” o assunto e o Estado, abortista e facilitista como este, não está para se dar ao trabalho de as demover e informar. As políticas sociais têm de ir ao encontro é de quem as procura, de quem busca refúgio, de quem tem medo, não no meio hospitalar, onde elas se sentirão pressionadas a abortar, mas em ambiente de assistência social ou de planeamento familiar.

Saberemos quem poderá vir a abortar não querendo abdicar desse filho, porquê essas, se tiverem garantia de apoio e respeito por parte do Estado (como actualmente tem junto dos privados) irão de livre vontade buscar apoio e conselho. Isso basta-nos. As que querem abortar “porque sim” (como se pretende votar, com o “SIM”), fazem-no ilegalmente e por conta própria. Não lhes podemos acudir senão perseguindo os criminosos que procedem ao aborto, e não as condenando a elas.

Ninguém aqui anda a chamar a religião, nem como “solução” como diz você, nem como nada. Foi você que se pôs a dizer que é “cristã”!

” Nao é penalizando e atirando este problema para a marginalização e para o lado obscuro da sociedade que ele vai deixar de existir.”

Oh Carla, com a despenalização e liberalização do aborto, vai passar a permitir-se o livre dispor sobre a gravidez e o feto inerente. Mulheres que agora temem o aborto, acabando por exclui-lo como opção, tenderão a optar por essa solução, aí já protegida e possibilitada pelo Estado. Não sabendo para o que vão, confiam que a sua opção está correcta, desprovida de culpa. Abortam e depois sofrem as consequências.

Diz você: “liberalizem e ponham mãos à obra”! Mas, minha cara, mãos à obra é o que os partidários do “NÃO” têm feito desde 98, pelo menos. Fazem, através de iniciativas privadas e comunitárias, aquilo que o Estado se tem demitido sistematicamente de fazer…para agora vir sacar o aborto da cartola como A SOLUÇÃO. Quem liberalizará é o Estado, Carla! Quem estará cá depois para tentar informar e elucidar as mulheres será, novamente, tão só e apenas quem defende a Vida contra o aborto livre. Não há que enganar.




”Outro questão gira que toca o linear da hipocrisia é chamarem vida a um feto. Óptimo... é verdade!! e a mãe, não é uma vida? Alguém se lembrou de defender a mãe? O feto é uma vida potencial, a mãe é uma vida concreta...”

Precisamente! Vamos apoiar os dois! Para que um viva com dignidade não se tem de provocar a morte do outro! E não somos nós que chamamos “vida” ao feto… É o que qualquer médico lhe dirá, incluindo os poucos do SIM, sabe?

Já vi que o seu problema é falta de informação… Não, óvulo e espermatozóide não são vida, são gâmetas, células com o código genético do seu portador. Após a concepção, concretiza-se uma fusão de ambos de que resulta uma nova combinação genética, única e irrepetível. Às 8 semanas tem já um coração a bater, fazendo circular uma corrente sanguínea autónoma da mãe. Carla, não estamos a falar de “matéria prima” nem de uma hérnia discal.


Quanto à pergunta que deixa: “Como sabem vocês disso? Têm casos de aborto na família ou andam a ler muito?” Sabemos, por exemplo, através de estudos apresentados pelo “SIM”, que nos dizem que a maioria das mulheres que abortam o fazem por meras questões de prioridades e conveniências mil.


”Falando em dor, se a dor é assim tao grande, se o trauma é assim tao grande, como podem temer que o aborto se torne um metodo contraceptivo?“

Porque a maioria delas não sabe o que é um aborto, e no momento em que se virem sob a pressão de uma gravidez não planeada, e, por vezes expostas a pressões externas, nem cheguem a informar-se ou sequer a medir correctamente da sua própria vontade.

terça-feira, 30 janeiro, 2007  

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